Você já deve ter ouvido falar na Deep Web, que constitui a parte da internet que não é indexada pelos motores de busca que existem em todo o mundo. Isso significa que ela é composta por aquelas páginas que você não consegue encontrar utilizando o Google, o Bing ou qualquer outra ferramenta similar. Mas o que existe nesse universo secreto e como chegar até ele?
Adentrar a Deep Web não é difícil, apenas desconfortável. O que ajuda é o browser usado pelo Tor ser o Firefox, o que torna a coisa toda mais amigável. Fora isso, tudo será estranho ou, para quem usava internet nos inicios dos anos 90, nostálgico. Mas, sobretudo, lento.
O principal requisito do aventureiro das profundezas da internet é ser paciente. E muito. Tamanha lentidão é a responsável pelas páginas toscas e sem imagens, já que quanto menos enfeite, mais rápido a página abre. O resultado disso são sites pouco agradáveis, dominados por texto sem formatação.
A Deep Web é composta por vários níveis de ocultamento — que exigem diferentes formas de acesso. Para que isso fique mais claro, vamos separar a internet em algumas camadas.
Camadas da deep web
Há quem fale em “Surface”, “Bergie”, “Deep”, “Charter” e “Mariana’s” Web para diferenciar os tipos de conteúdos que podem ser encontrados em cada camada. Mas a grande verdade é que as diferenças principais estão nos modos de acesso — que estão diretamente ligados ao quanto as pessoas querem esconder esses conteúdos do público “comum”. Sem nomenclaturas que apenas dificultam ainda mais a compreensão do assunto, vamos a um rápido resumo:Primeiro nível: internet comum, que pode ser acessada por qualquer pessoa e que é indexada pelos motores de busca;
Segundo nível: internet comum, que pode ser acessada por qualquer pessoa, mas não é indexada pelos motores de busca;
Terceiro nível: internet restrita, que necessita a alteração de proxy para ser acessada;
Quarto nível: internet mais restrita, que demanda a utilização de navegadores com distribuição de acesso (Tor);
Quinto nível: internet “secreta” (não confirmada), que exige a alteração do hardware para que as comunicações ocorram.
PERIGOS DAS PROFUNDEZAS
"Internet secreta"é muito utilizada por criminosos
Só para VIPs
Os endereços da Deep Web podem ser bem bizarros, como uma sucessão de letras e números seguida do sufixo .onion, em vez do tradicional .com. Originalmente, sua função é positiva: proteger conteúdos confidenciais, como os de governos, bancos, empresas, forças militares e universidades, acessíveis só com login, por exemplo
Ponto Cego
A Deep Web pode ficar dentro de sites comuns (na forma de arquivos e dados baixáveis) ou escondida em endereços excluídos de propósito dos mecanismos de busca. O Google nem faz ideia do que está lá: ele seria como um barco pesqueiro que só localiza suas presas na “superfície” do mar
Zona de Guerra
Nem pense em se aventurar nesses mares. Eles estão cheios de crackers (hackers com intenções criminais), que adoram “fisgar” usuários descuidados. Como não há filtros de segurança, eles facilmente conseguem, por exemplo, “zumbificar” o computador de um internauta (controlando-o a distância sem que o dono note) e roubar dados
Predadores Abissais
A parte podre tem até nome: Dark Web. Lá se encontra de tudo: lojas virtuais de drogas, pornografia infantil e conexões terroristas para venda de armas. Como tudo fica nas profundezas, não há jeito de governos e a polícia tirarem do ar. É como se os sites tivessem vida própria, sem donos, registros e documentação
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