Lugares mais perigosos do planeta

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Qual é a pessoa que não gosta de uma boa adrenalina? Aquela sensação que seu coração vai sair pela boca, sangue correndo a milhão, pupilas dilatadas. Quando você está no topo da montanha-russa tudo o que pensa é “quero ir para casa”; mas quando sai do brinquedo tudo o que diz é “de novo, de novo”. Parecendo mais uma criança. Mas, há limites não é? Então, Michael Stevens, o criador do canal Vsauce, no YouTube, postou um vídeo (em inglês) em que tenta responder a questão “Qual o local mais perigoso da Terra?”. A resposta para essa pergunta, no entanto, é mais complexa do que poderíamos imaginar, já que podemos dividir o termo “periculosidade” em diversas categorias — como violência, local em que se morre mais rápido, nível de poluição, número de fatalidades, entre outros.


Monte Everest

Começando com a temperatura: lugares extremamente quentes ou frios podem matar em horas — e, em certos casos, em minutos. Outro tópico que pode ser levado em conta é nossa necessidade de oxigênio, detalhe que nos leva ao Monte Everest: o pico mais alto do mundo e onde esse recurso é realmente mais escasso, existindo apenas um terço do oxigênio que precisamos quando comparado ao nível do mar.
Esse dado faria com que você morresse em apenas 2 ou 3 minutos se estivesse no pico da montanha sem nenhum aparelho de oxigênio como apoio.





O fundo extremo do mar

A morte viria de forma ainda mais rápida se você estivesse no fundo do Mariana Trench, o lugar mais profundo do oceano — onde seu corpo seria coberto por cerca de 11 quilômetros de água, fazendo com que a pressão sobre você chegue a níveis absurdos. Com toda essa pressão, seus pulmões entrariam em colapso imediatamente e, sem oxigênio, o seu cérebro ficaria inconsciente em 15 segundos — e você estaria morto em 90 segundos.



Morte instantânea na lava

Cair em um lago feito de lava é, provavelmente, a forma mais “instantânea” de morrer. Ao contrário do que vemos nos filmes — em que se uma pessoa cai na lava o corpo começa a ser consumido e afundado em partes, como se estivesse em uma areia movediça —, o que aconteceria na verdade seria ver “fogos de artifício”.



Juntar rocha-líquida em extremo calor ao corpo humano (que é basicamente composto por água) faria com que fôssemos transformados em vapor de forma explosiva. No vídeo acima, isso pode ser visto no exato momento em que uma ostra entra em contato com a lava (na marca de 3 minutos e 20 segundos). 


Ilhas de Izu, Japão



É um grupo de mais de 12 ilhas vulcânicas – 9 das quais habitadas – que formam duas cidades e 6 vilarejos no sul de Tóquio. A localização do lugar não é das mais vantajosas para quem procura paz, uma vez que está na junção de três placas tectônicas, o que provoca um potencial de atividade vulcânica bem alto. Em 1953 uma erupção matou 53 pessoas e em 2000 o povo que morava por lá teve que evacuar a área por conta dessa atividade. Mas cinco anos depois a população pôde voltar. Só que hoje eles precisam carregar uma máscara para se protegerem da alta emissão de gases tóxicos (entre eles o enxofre, que tem um cheiro nada agradável) que aumenta subitamente vez ou outra.

Desastre em Chernobyl

No dia 26 de abril de 1986, uma falha no resfriamento causou uma explosão de um reator, dando início a um dos maiores desastres nucleares da história.
O acidente ocasionou uma fuga em massa, milhares de mortes e um nível de radiação tão perigoso que, até hoje, muitas partes próximas ao acidente continuam a ser bastante letais.
Mesmo que alguns pontos ainda sejam abertos para visitação, após mais de duas décadas, a radiação no local está acima de 250 microrroentgens, 10 vezes mais do que o normal para os seres vivos — detalhe que permite que os visitantes fiquem no lugar por apenas 15 minutos.

Lago Fervente, Ilha de Dominica



Se você gosta de termas, adoraria tomar um banho nesse lago se suas águas não tivessem ultrapassado o limite de temperatura por pouco: 90 graus Celsius é a temperatura medida na margem. As águas estão sempre fervendo, nunca param. Além disso, as pedras que limitam o lago são bem escorregadias por conta do clima ambiental, então fica a dica de apreciá-lo apenas por fotos. Mas se você gosta de aventuras, aqui vai o endereço: Boiling Lake (Lago Fervente), República de Dominica.

Lago Nyos, Camarões

“Fiquei rodeada de gente morta, alguns dentro de casa, outros fora e outros atrás das casas. Os animais, vacas, cachorros, por toda parte jaziam no solo, me deixando confusa. Na minha família éramos 56, mas morreram 53.” Esse é o relato à BBC de Monica Lom Ngong, moradora dos arredores do Lago Nyos, no Camarões, em 1986. Nesse ano houve uma tragédia que matou cerca de 1800 pessoas que moravam nas aldeias dos arredores do Monte Oku. O Lago Nyos fica localizado no flanco de um vulcão inativo e é muito profundo. Essas características fazem com que suas águas sejam ricas em dióxido de carbono, gás asfixiador para o ser vivo. Quando há uma liberação em grande quantidade desse gás, o ambiente fica extremamente tóxico para pessoas e animais. Foi o que aconteceu em 86. Existem outros lagos com características semelhantes na África, então estude bem seu destino quando quiser dar uma passeada naquele continente.

Bolton Strid, Inglaterra

Você deve estar pensando que estamos de brincandeira. Esse corregozinho medíocre seria o lugar mais perigoso do planeta? Para prender sua atenção, vamos direto à estatística que circula mundo afora: 100% das pessoas que se atreveram a tomar um banho no Bolton Strid se perderam para sempre em suas águas. Se quiser, podemos ser mais claros – morreram. Todos. Eu sei, é incrível. Acontece que esse agradável rio, apesar de não ter mais do que poucos metros de largura, tem uma profundidade imensamente desconhecida e uma correnteza fortíssima. Dizem que abaixo da superfície há um mundo cavernoso gigantesco e misterioso. Na verdade, o Bolton Strid é uma continuação do Wharfe River, localizado em Yorkshire, e recebe a enorme quantidade de água vinda do grande rio. Se a superfície aparentemente calma não nos deixa perceber onde toda essa água é armazenada, o imenso mundo subaquático nos faz imaginar.

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